Recapitulação de 'Uma vítima invisível: o caso Eliza Samudio': Bruno realmente matou Eliza?

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Um subconjunto dos torcedores mais egocêntricos e aparentemente masculinos do futebol pode ficar ofendido com o último documentário da Netflix, Uma Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio. O documentário ataca claramente uma cultura onde os astros do futebol masculino são tratados como deuses que podem escapar impunes de qualquer coisa, inclusive da violência contra as mulheres. É claro que é baseado no infame caso Eliza Samudio, que levou o goleiro brasileiro Bruno a acabar na prisão por planejar e orquestrar o assassinato da mulher. Veremos o que o documentário nos oferece antes de compartilhar nossas idéias sobre ele.

O que acontece no documentário?

Uma Vítima Invisível nos informa que os produtores conseguiram adquirir o laptop pessoal de Eliza Samudio, que foi compreensivelmente confiscado pela polícia brasileira durante a investigação. Isso obviamente valida a autenticidade do que você vê no documentário. Assim como funciona a maioria dos documentários sobre crimes reais, você é apresentado pela primeira vez à vítima – Eliza, neste caso. Ela era uma mulher jovem e vivaz cuja vida foi tragicamente interrompida porque ela se apaixonou pelo cara errado. O cara aqui é a então sensação do futebol brasileiro, o goleiro do Flamengo Bruno. Bruno já era casado quando conheceu Eliza, mas isso não o impediu de se relacionar com ela sem avisar sobre seu casamento. Não demorou muito para ela engravidar. Mas quando ela afirmou que Bruno era o pai de seu filho ainda não nascido, o goleiro começou a negar ter tido um relacionamento com ela e a acusou de ser uma garimpeira. Seus fãs devotados também começaram a atacar verbalmente Eliza e transformaram sua vida em um inferno, porque como ela ousa falar mal de sua estrela de futebol favorita?

Através da narração do pai de Eliza, Luis, da mãe Fátima (que a deixou quando ela era criança, mas voltou mais tarde), familiares e amigos, temos uma imagem clara de quem era Eliza. É bastante irônico que Eliza também jogasse futebol e também quisesse ser goleira. A jovem Eliza sonhava em se tornar uma famosa estrela do futebol e ficar rica. Infelizmente, seu destino não permitiu isso, pois ela acabou na indústria do cinema adulto. Isso foi por um breve período, no entanto. Muito depois disso, ela conheceu esse jovem goleiro em uma festa. A atração foi instantânea. O fato de ela ter jogado o jogo no passado, também na mesma posição, ajudou ainda mais a consolidá-lo. O romance era inevitável. Mas a briga depois disso também foi.

Qual foi a alegação de Eliza contra Bruno?

Para começar, Bruno negou a paternidade do filho de Eliza. Sua afirmação também foi rejeitada pela maioria da mídia e por um grande número de torcedores de futebol. Na verdade, algumas pessoas a fizeram sentir que a culpa era apenas dela. Alguns outros a acusaram de tentar obter quinze minutos de fama difamando o astro do futebol. O próprio Bruno a ameaçou dizendo que iria arruiná-la, junto com sua família e amigos. Uma Eliza assustada entrou em uma espécie de isolamento. Porém, assim que o filho nasceu, Bruno a contatou novamente, desta vez com um ramo de oliveira. Ele não apenas reconheceu o filho, mas também queria cuidar de Eliza. Ela ficou feliz com isso, pois afinal ainda estava apaixonada pelo goleiro. Mal sabia Eliza que estava realmente caindo em uma armadilha.

Bruno realmente matou Eliza?

Aqui está o que aconteceu de acordo com o que vimos em Uma Vítima Invisível. Eliza foi praticamente sequestrada pelo braço direito e melhor amigo de Bruno, Macarrao, e algumas outras pessoas de seu círculo. Ela foi então levada para a fazenda de Bruno. Estranhamente, a ex-mulher de Bruno, Dayanne, também estava lá, junto com algumas pessoas. Todos sabiam o que estava acontecendo. Da fazenda, Eliza foi levada para Belo Horizonte, onde esse cara, o Bola, a estrangulou até a morte. O que é ainda pior foi que o mesmo grupo de pessoas praticamente abandonou o filho pequeno de Eliza. Felizmente, o bebê foi resgatado e levado para o avô, Luiz. Posteriormente, a mãe de Eliza, Fátima, conseguiu a custódia, pois Luiz não era exatamente um bom exemplo, visto que lutava contra ele contra uma acusação de estupro.

A investigação levou Bruno e um monte de gente a serem presos. Ele continuou alegando que Eliza desapareceu e deixou o filho sob seus cuidados. A ex-mulher, Dayanne, até cuidou do bebê. Dyanne acabou sendo absolvida das acusações de negligência apresentadas contra ela. Mas o ex-marido não conseguiu fugir, tudo graças à confissão do primo adolescente de Bruno, Jorje. Ele fazia parte do círculo íntimo, que inclusive foi a Belo Horizonte e presenciou tudo. Macarrao também invadiu a quadra e admitiu que chegou a pedir a Bruno que soltasse Eliza, mas o goleiro não quis ouvir. Ele também não confessaria o seu crime em tribunal, apesar de toda a confissão e das provas. Porém, tudo apontava para ele e o tribunal impôs-lhe uma sentença de vinte e dois anos. Ele saiu em 2017, antes de ser preso novamente. Desde 2019, Bruno cumpre pena em regime semiaberto. Macarrao e Bola também receberam penas, sendo a pena do primeiro reduzida graças à sua confissão. O corpo de Eliza Samudio nunca foi recuperado. O documentário terminou com a mãe de Eliza falando sobre seu filho, que hoje tem quatorze anos e é aspirante a goleiro. Só podemos esperar que o menino cresça e se torne um jogador melhor e também um ser humano melhor do que seu pai.

Considerações Finais

Uma Vítima Invisível segue o modelo padrão de qualquer documentário sobre crimes reais da Netflix. Há um pouco de dramatização, algumas filmagens reais e muitas narrações e entrevistas de fundo – tudo cuidadosamente misturado em uma história cativante o suficiente para prender o público do início ao fim. É um documentário solidamente feito, mas nada particularmente notável. O ponto alto é que podemos ver os julgamentos de Bruno e amigos, além de muitas entrevistas, inclusive a da própria Eliza.

A melhor parte deste documentário é como ele funciona como uma crítica necessária a essa cultura tóxica, onde os atletas do sexo masculino são vistos como figuras míticas que nunca podem fazer nada de errado. Seus fãs não se importariam em caluniar mulheres, conhecidas ou desconhecidas, por seu ídolo. É claro que isto me lembra a base de fãs de um jogador de futebol português muito famoso (um dos maiores, na verdade); você sabe de quem estou falando. Tenho um grande amor pelo futebol, mas isso é algo que absolutamente não suporto. O futebol é com certeza o maior esporte do mundo, mas nem todo mundo que o pratica é necessariamente um santo. Outra coisa muito importante que An Invisible Victim faz é focar mais na vítima do que no agressor. Resta a história de Eliza e como ela sofreu o tempo todo, em vez do célebre goleiro cometer um crime aleatório e ir para a cadeia. O documentário pode não ser uma maravilha cinematográfica, mas é suficiente para dar a conhecer Eliza Samudio e a tragédia que lhe aconteceu.

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